Com salários atraso policiais civis do Rio entram em paralisação

Policiais civis do Rio de Janeiro decidiram, em assembleia realizada na noite desta segunda (16) na capital fluminense, entrar em paralisação a partir das 8h desta terça (17).


Segundo o que foi definido na reunião, os policiais civis cruzarão os braços até o pagamento integral de ativos, inativos e pensionistas; a quitação do 13º salário; e o pagamento de RAS (Regime Adicional de Serviço) e da gratificação do Sistema Integrado de Metas, tudo até o quinto dia útil de fevereiro. Caso o governo do Rio não faça este pagamento, no dia seguinte a classe entra em estado de greve.

Por enquanto, os policiais civis decidiram manter em funcionamento os serviços relativos a autos de prisão em flagrante, cumprimento de mandado de prisão, remoção de cadáver e roubo de veículos.

O salário de dezembro ainda não foi pago pelo Estado, que prometeu depositar o dinheiro até o fim desta semana. No entanto, o governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) não deu prazo para o pagamento do 13º salário.

Por causa dos atrasos, delegados do Rio já haviam decidido, na semana passada, iniciar operação padrão no sábado (14).

Até o momento, apenas os professores tiveram o 13º depositado --pago com recursos do Ministério da Educação. O restante dos servidores teve o salário de novembro quitado apenas nesta segunda.

A assembleia contou com integrantes de diversos sindicatos e associações de policiais civis, como a Colpol-RJ (Coligação dos Policiais Civis do Estado do Rio) e a Aperj (Associação dos Peritos Oficiais do Estado do Rio).
Agentes penitenciários declaram greve

Horas antes, os agentes penitenciários do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve a partir da meia-noite. 
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro, Gutemberg de Oliveira, apenas os serviços essenciais como alimentação, emergência médica e alvará de soltura de presos serão mantidos. O recebimento de visitas, novos presos e o encaminhamento de detentos para varas criminais serão suspensos.

Sem o pagamento das horas extras do segundo semestre de 2016 e também sem as gratificações por metas desde 2015, os agentes reclamam ainda o pagamento do salário de dezembro e do 13º. Eles prometem permanecer assim até a próxima segunda, quando haverá uma nova assembleia.

Os agentes também reclamam das más condições de trabalho -- ao UOL, dois agentes relataram sob a condição de anonimato uma rotina de insegurança e pressão. "Tem presídios com 3.000 pessoas e um efetivo de oito, nove, dez pessoas trabalhando em um dia bom", afirmou um agente.

Em dezembro, os servidores da segurança engrossaram o ato dos professores e demais servidores públicos e chegaram a invadir a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro durante a votação do pacote de austeridade enviado à Casa pelo governador Pezão.

Em crise, o Estado declarou calamidade financeira na metade do ano passado e agora estuda formas de cobrir o rombo previsto de R$ 19,3 bilhões para 2017. Entre as medidas estudadas pelo governo estão um plano de demissão voluntária e a possibilidade de redução de jornada de trabalho dos servidores com redução salarial, medida que depende de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Fonte UOL/RIO

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